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Memória
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A Luz de São Paulo
Um dos bairros mais antigos da capital, a Luz preserva alguns dos
edifícios mais importantes do patrimônio arquitetônico da cidade de
São Paulo. O nome "Luz", que pode parecer uma referência ao período
áureo do bairro, marcado pela construção de edifícios e parques,
bem como da chegada da iluminação pública (ora a gás, mais tarde
elétrica), tem uma origem bem mais remota. Ainda no final do século
16, o português Domingos Luís Carvoeiro transferiu−se da povoação
que é hoje o Ipiranga para o Guaré, levando consigo sua devoção a
Nossa Senhora da Luz. Carvoeiro era casado com Ana Camacho, bisneta
de João Ramalho, pioneiro da colonização paulista. A região da
Capela de Nossa Senhora da Luz do Guaré passaria a ficar conhecida,
mais tarde, apenas como Luz.
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Vista da Região da Luz em 1910. À esquerda, os pátios ferroviários
do Bom Retiro, vendo−se atrás o arvoredo do Jardim e da Estação da
Luz.
Em primeiro plano, o casario dos Campos Elíseos, bairro
residencial da elite cafeeira. Guilherme Gaensly
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Jardim da Luz em 1908. Guilherme Gaensly |
O cartão−postal da cidade
Nos séculos seguintes, as edificações sacras seriam uma marca do
local, que passa a abrigar o Mosteiro da Luz, fundado em 1774 por
Frei Galvão, e o Seminário Episcopal e Igreja de São Cristóvão,
construídos entre 1853 e 1856. No entanto, a criação do Jardim da
Luz em 1838 − antes Horto Botânico − torna−se a grande atração do
bairro. O Jardim foi o primeiro parque público da cidade, e chega
ao final do século 19 como o ponto de convergência da elite da
capital. Ainda naquele século, o parque perde 20 braças para a
construção da estação da ferrovia The São Paulo Railway, que ligava
Santos a Jundiaí. Outras duas importantes construções deste período
são o Liceu de Artes e Ofícios (atual Pinacoteca do Estado) e a
Escola Politécnica, projetadas por Ramos de Azevedo. Já no início
do século 20, o conjunto Estação−Jardim da Luz ganharia a alcunha
de cartão−postal de São Paulo pelo fotógrafo Guilherme
Gaensly.
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Estação da Luz em 1902, durante as obras da linha de bonde que
passa pelos pontilhões que correspondem à atual Av. Tiradentes com
a rua Florêncio de Abreu.
À direita, o prédio da atual Pinacoteca do Estado. Ao fundo, a
torre do Liceu Coração de Jesus. Guilherme Gaensly
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Rua dos Imigrantes, atual José Paulino, no Bom Retiro. Em destaque,
o estábulo destinado aos burros utilizados nos bondes a tração
animal. 1901.
Guilherme Gaensly
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Quartel General das Forças Revolucionárias na Rua João Theodoro,
hoje sede do Batalhão da Rota, na Luz. Ao fundo, a chaminé da
primeira usina termelétrica da cidade, que ainda hoje guarda as
marcas da artilharia da Revolução de 1924
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Rede Museu da Energia
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Museu da Energia de São Paulo
reabre em 2014 com nova
mostra de longa duração
Quem ainda não visitou as exposições Desenhos da Energia e
Memórias do Casarão, do Museu da Energia de São Paulo,
deve aproveitar as próximas semanas: a partir de 11 de novembro, o
espaço estará fechado para a montagem da nova mostra de longa
duração, que substituirá as atuais. O Museu reabre em 2014 com a
inauguração da exposição inédita, que aborda a transformação da
cidade de São Paulo a partir da chegada da energia. Até o dia 31 de
outubro, o público também poderá conferir os últimos dias da mostra
Bom Retiro: Relatos − Retratos, da artista plástica Ofra
Grinfeder.
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Memórias do Casarão revela os principais momentos da
história do edifício que
abriga o Museu da Energia, que foi a residência do cafeicultor
Henrique
Santos Dumont, além de apresentar os processos de transformação do
bairro
dos Campos Elíseos
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Além de um roteiro técnico que aborda o desenvolvimento e os
processos de
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica,
Desenhos da Energia
analisa o impacto dessas instalações na paisagem urbana e
rural
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Bom Retiro: Relatos − Retratos busca estabelecer a memória
emocional de
membros da comunidade judaica paulistana que são assistidos pela
Instituição Beneficente Ten Yad, fazendo um resgate do processo de
imigração dos
judeus no Brasil |
Espaço das Águas
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Alto Cotia, o segundo grande
sistema de abastecimento de
água de São Paulo
Ainda no início do século 20, os mananciais da Serra da
Cantareira, responsáveis pelo abastecimento de água da cidade de
São Paulo, não supriam a demanda existente, já que a capital
passava por um crescimento populacional vertiginoso. Para resolver
o problema, o governo discutiu, de início, a adução das águas do
rio Tietê, mas a proposta foi abandonada devido aos riscos que
ofereceria à saúde pública, pois nos períodos de seca os dejetos
lançados no curso não encontrariam escoamento. Sendo assim, depois
de diversos estudos, em 1914 tiveram início as obras de adução do
Rio Cotia, que ficava a um raio de 100 quilômetros da cidade e
teria como função abastecer suas zonas alta e altíssima.
Em sua primeira etapa de execução, o projeto do Sistema Alto Cotia
compreendeu a construção da barragem da Cachoeira da Graça, além de
estações de tratamento e reservatórios, que passaram a levar um
volume adicional diário de 120 milhões de litros de água a São
Paulo. Mais tarde, já na década de 1920, foi inaugurada uma nova
linha adutora e a barragem regularizadora Pedro Beicht, que tinha
como função manter o abastecimento de água nas épocas de estiagem.
O Sistema ainda sofreria obras de melhoramento e modernização até
1937, ano em que já abastecia bairros como Sumaré, Pacaembu,
Higienópolis, Vila Madalena, Perdizes, Água Branca e o chamado
"espigão da Avenida Paulista".
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Empregados trabalhando nas obras de assentamento da 2ª linha da
adutora do Sistema Alto Cotia, em trecho da Avenida Brasil, no
bairro Jardim Paulista. Década de 1920. Acervo Memória
Sabesp |

Represa da Graça, pertencente ao Sistema Alto Cotia. O Sistema é
responsável pelo abastecimento de 380 mil habitantes dos municípios
de Embu, Itapecerica da Serra, Embu−Guaçu, Vargem Grande e Cotia.
Odair Faria. Acervo Memória Sabesp
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No início do século 20, para criar o Sistema Alto Cotia, o governo
do Estado desapropriou 10 mil hectares da área da bacia
hidrográfica formada pelas nascentes do Rio Cotia. Em 1979, esta
área se tornaria a Reserva Morro Grande, uma das últimas massas
florestais nativas da região metropolitana de São Paulo. Odair
Faria. Acervo Memória Sabesp
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Obras de construção dos decantadores da Estação de Tratamento de
Água do Alto Cotia. Situada em meio à Reserva Morro Grande,
as obras da Estação foram concluídas em 1937. Acervo Memória
Sabesp
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Notícias
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Exposição inédita revela importância dos combustíveis
no desenvolvimento de São Paulo
Até o dia 10 de novembro, o Museu da Energia de São Paulo recebe a
exposição Energia e Sustentabilidade: Combustíveis. A
mostra, que conta com patrocínio da Petrobras, revela como os
combustíveis participaram e contribuíram no desenvolvimento do
Estado de São Paulo. Dividida em 16 painéis ilustrados, Energia
e Sustentabilidade: Combustíveis apresenta um panorama
histórico das fontes energéticas utilizadas no processo de
urbanização e industrialização do Estado e os atuais desafios da
indústria dos combustíveis, como a geração de energia limpa e
sustentável. Após o dia 10 de novembro, a mostra migrará para o
anexo externo do Museu, permanecendo no local até o dia
29.
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Veículos na Avenida Prestes Maia. S.d. Acervo Fundação Energia e
Saneamento
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Museu da Energia de
Salesópolis estreia roteiro e
exposição sobre aves da
Mata Atlântica
Para comemorar o Dia da Ave (5 de outubro), o Museu da Energia de
Salesópolis promove ao longo do mês de outubro atividades especiais
inspiradas nas aves da Mata Atlântica. A programação "As Aves do
Museu" integra uma exposição de fotografias das espécies observadas
no parque de 156 hectares que compõe a área do Museu da Energia,
além de uma saída a campo guiada para observação da avifauna local.
Desde 2012, já foram observadas, fotografadas e catalogadas 190
espécies de aves na Mata Atlântica no entorno do Museu da Energia.
A exposição fotográfica segue aberta até o dia 20 de
dezembro.
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Surucuá−variado é uma das aves fotografadas na área de Mata
Atlântica
do Museu da Energia de Salesópolis. Crédito: Fernando Maia
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Rede Museu da Energia realiza
programação especial para o
Dia das Crianças
Em outubro, a Rede Museu da Energia realizou ações educativas
especiais para celebrar o Dia das Crianças. No dia 8, o Museu da
Energia de Jundiaí abriu sua Brinquedoteca aos grupos escolares em
visita, que foram convidados a confeccionar objetos relacionados à
exposição Movimento e Energia. Na mesma data, a unidade de
Salesópolis deu início à Semana Especial das Crianças com a
atividade "Protetor Ambiental e Caçador", que levou a criançada a
refletir sobre os crimes ambientais.
No dia 11, em Rio Claro, os visitantes mirins conheceram o roteiro
mais recente do Museu, "Saneamento", além de participarem de uma
dinâmica de classificação de materiais recicláveis. No sábado (12),
Dia das Crianças, a unidade de São Paulo ofereceu uma gincana
educativa pelas exposições Memórias do Casarão e
Desenhos da Energia. Em Itu, uma brinquedoteca ao ar livre
foi montada no Jardim do Museu da Energia, promovendo um sábado de
jogos e brincadeiras.
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No Museu da Energia de Jundiaí, crianças da Escola Municipal José
Leme do Prado Filho confeccionaram brinquedos inspirados na
exposição Movimento e Energia
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Fundação reduz preço de livros históricos sobre São Paulo
A partir deste mês, três publicações que contêm imagens da Fundação
Energia e Saneamento, à venda nas lojas da Rede Museu da Energia e
no Núcleo de Documentação e Pesquisa, tiveram seus preços
reduzidos. São elas: Imagens de São Paulo: Gaensly no acervo da
Light 1899−1925 (de R$ 130,00 para R$ 75,00), Bonde:
saudoso paulistano (de R$ 100,00 para R$ 50,00) e 1924 O
Diário da Revolução − 23 Dias que Abalaram São Paulo (de R$
40,00 para R$ 30,00). Aproveite e adquira o seu
exemplar.
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Espaço das águas

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