BOLETIM – OUTUBRO 2017

Fundação Energia e Saneamento

Memória

Casa de máquinas da Usina Isabel, em Pindamonhangaba. 1940

Fundação recebe acervo de usina centenária em Pindamonhangaba

Até a década de 1950, uma única hidrelétrica abastecia as cidades paulistas de Taubaté, Pindamonhangaba, Lorena e Tremembé: a Usina Isabel. Instalada aos pés da Serra da Mantiqueira, em Pindamonhangaba, a pequena central hidrelétrica centenária detém a maior queda d’água do Estado de São Paulo utilizada para geração de energia. As estruturas da usina estendem-se ao longo do Ribeirão Sacatrapo, afluente do Rio Paraíba, aproveitando um desnível de aproximadamente um quilômetro.

Em julho, a Fundação Energia e Saneamento recebeu, em doação da EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A., documentação textual da Usina Isabel, composta por 62 livros que incluem relatórios de ocorrências, diários de funcionamento da usina e livro de visitas, datados entre 1916 e 1991. Todo o material passou por um processo de organização, higienização e acondicionamento, com o objetivo de preparar a documentação para a consulta de pesquisadores.

A história da Usina Isabel teve início em 1911, quando foi criada, na Capital, a Empresa de Eletricidade São Paulo & Rio. Naquele mesmo ano, a companhia obteve 20 alqueires da Fazenda Ribeirão Grande, local de construção da usina. Em 1913, a empresa se preparava, com a montagem da hidrelétrica e das obras correlatas – as subestações de energia em Lorena e Taubaté -, para ampliar o fornecimento de eletricidade à região. Naquele ano, dos 4.500 prédios existentes nas cidades de Taubaté, Tremembé e Lorena, apenas 1.000 possuíam sistema de luz instalada – até então, a energia consumida provinha de duas termelétricas e um gasômetro.

A Usina Isabel iniciou suas operações em 1º de maio de 1915, com capacidade de geração de 2,6 megawatts/hora. Isabel, originalmente grafada como Izabel, era uma homenagem à esposa do diretor da Empresa São Paulo & Rio, Ataliba Valle. Em 1927, o grupo Light adquiriu o controle acionário da companhia e, em 1929, a usina foi interligada ao sistema elétrico do conglomerado canadense.

Após décadas de operação, a hidrelétrica foi desativada por completo em 1979, e reinserida no sistema de geração em 1986, já sob o controle da Eletropaulo – Eletricidade de São Paulo S.A., permanecendo operante até 1994. Em 1998, com a privatização e divisão da estatal em quatro empresas, a Usina Isabel passou à geradora EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. Em 2017, a usina foi integrada ao patrimônio da SZO Empreendimentos LTDA, e tem previsão de retomar suas atividades, com o maquinário original preservado, até o final do ano.

Residência próxima à câmara de compensação da usina. 1945
Câmara de compensação da Usina Isabel, na Serra da Mantiqueira. 1945
Vista interna da Casa de Máquinas da Usina Isabel. S.d.
Escola Mista da Usina Isabel, com seus alunos e professora. 1962
Residências de trabalhadores na Usina Isabel. S.d.v

Documentação histórica da usina passou por procedimentos de higienização

Rede Museu da Energia

Museu da Energia de
São Paulo reformula exposição para reabertura

O Museu da Energia de São Paulo estará de cara nova em 2018: com a pausa no atendimento ao público, no momento, a equipe da unidade trabalha internamente para a reabertura, prevista para janeiro, com um projeto de reformulação das salas, ocupadas pela exposição de longa duração “Tempos de Energia: São Paulo em transformação”.

A mostra contará com a inclusão de novos vídeos, experimentos, objetos museológicos do acervo da Fundação Energia e Saneamento e itens de acessibilidade. A repaginação ainda trará uma nova sala, com a temática “Água e meio ambiente”, tratando de questões relacionadas ao saneamento ambiental e à conscientização sobre a importância dos recursos hídricos.


Equipe do Museu trabalha internamente para reformulação de exposição.
Foto: Divulgação

Espaço das Águas

Trabalhadores na instalação de linhas de distribuição de água, de aço em 20 polegadas, oriundas de Pilões. S.d.

Captação de água no Rio Pilões completa 118 anos

Sistema de abastecimento mais antigo da Baixada Santista, a Estação de Tratamento de Água Pilões, localizada dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, em Cubatão, acaba de completar 118 anos. Atualmente, a ETA Pilões é capaz de produzir água para 120 mil pessoas.

A história da estrutura começou em 1880, quando foi fundada, em Londres, a The City of Santos Improvements Company, destinada à exploração de serviços de água, gás e linha de bondes na cidade de Santos. Em 1898, a companhia iniciou as obras para a construção de uma adutora para captação de água bruta no Rio Pilões, e que entrou em operação em 10 de outubro de 1899. O sistema abasteceu Santos, sem nenhuma alteração, durante cerca de 30 anos.

Na década de 1930, ocorreu a reforma do sistema de captação, que passou a operar como uma estação de tratamento de água de método convencional. Em 1975, quando a Sabesp assumiu os serviços de saneamento na região, foi realizada outra grande reforma que, praticamente, construiu uma nova estação, com a substituição de equipamentos utilizados no tratamento e a revitalização de decantadores e filtros. Hoje, o trabalho de manutenção preventiva do sistema, para a conservação das instalações, inclui a preservação da área de mata ciliar que compõe a bela paisagem da Serra do Mar – Núcleo Pilões.

Obras no reservatório de Pilões. Década de 1930
Obras no reservatório de Pilões. Década de 1930

Trabalhador posa para foto próximo aos reservatórios da estação
de tratamento de água. S.d.
Grupo de homens no reservatório de Pilões, construído pela City of Santos
entre 1933 e 1934. S.d.

Trecho de via férrea que ligava a cidade de Cubatão à Pilões, de propriedade
da Companhia City of Santos Improvements. S.d.
Vista aérea de Pilões, em meio ao Parque Estadual da Serra do Mar, já sob
a gestão da Sabesp. S.d. Acervo Memória Sabesp

Notícias


Evento sobre observação
de aves reúne mais de
170 pessoas em Salesópolis

No segundo domingo de outubro (8/10), mais de 170 pessoas passaram pelo Espaço Cultural Dita Parente, no centro de Salesópolis, para aproveitar as atrações da primeira edição do Festival Bicudinho-do-Brejo-Paulista. O evento, realizado com apoio do Museu da Energia de Salesópolis, ofereceu palestras, oficina de desenho, sorteio de brindes e saída a campo para observação de aves como forma de promover a preservação da espécie endêmica da região do Alto Tietê.

“Em 2016, recebemos uma ‘passarinhada’ no Museu da Energia de Salesópolis com mais de 80 observadores de aves, o que demonstra que o birdwatching é um filão a ser explorado no município”, explica Simone Villegas, coordenadora do Museu da Energia. Já foram observadas e catalogadas mais de 380 espécies de aves em Salesópolis, sendo aproximadamente 280 destas registradas nas áreas de mata do Museu da Energia, que abrange um parque de mais de 130 hectares.

Evento contou com saída a campo para observação de aves no entorno
do Rio Paraitinga. Foto: Divulgação

Senac Jabaquara promove
mesa-redonda sobre futuro
da energia no Brasil

Nesta quarta-feira (25/10), o Senac Jabaquara, instituição parceira da Fundação Energia e Saneamento, promove a mesa-redonda “O Futuro da Energia no Brasil – possibilidades, desafios e soluções”. O evento é gratuito ( inscrições pelo site do Senac).

Profissionais do mercado de fontes renováveis de energia estarão reunidos para discutir a realidade energética do Brasil, bem como apresentar as alternativas de geração de energia para uma escolha em prol da eficiência energética. A proposta é debater sobre as principais fontes renováveis, como PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), energia eólica, biomassa e energia solar, além da utilização de gás natural para sistemas de cogeração nos centros urbanos e indústrias.

Mesa-redonda discutirá expansão de fontes renováveis no Brasil, como
a energia solar. Foto: Divulgação

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Apoio à pesquisa: Bianca Grazini e Danieli Giovanini
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